domingo, 18 de janeiro de 2009

Quem Matou o Carro a Água?


O carro movido à água de 1972

Um certo funcionário de uma montadora na cidade de São Bernardo do Campo, além de metalúrgico, era professor de física e havia conseguido criar um sistema por meio do qual um veículo conseguisse andar movido à água. Este trabalho não era nenhuma novidade, pois à apenas cinco anos antes, outro professor de física uruguaio, também havia conseguido a proeza. Estranhamente, nunca mais se ouviu falar deste professor uruguaio. O estranho foi o que ocorreu com o professor brasileiro. Ele foi convidado à fazer cursos de especializações na Inglaterra. Prontamente viajou para lá e ficou alguns anos "estudando" em solo inglês.
Ao final da sua temporada, retornou para a montadora onde trabalhou até se aposentar. O estranho foi a maneira como ele voltou, pois ficou literalmente abobado, aéreo, sem falar coisa com coisa, algo como alguém que teria sofrido uma lavagem cerebral. Este homem de pouca sorte, acabou se aposentando, afinal de contas, estamos falando dos anos 70 e atualmente ele já é aposentado pela montadora alemã, mas não conseguiu desenvolver mais nada, nunca mais tratou do assunto e só conseguia trabalhar como uma máquina que faz somente o necessário e não mais que isso.
O que impediu ou o que estava por trás deste interesse e por qual motivo estes estudos não foram concluídos? O veículo não se desenvolvia como um veículo convencional, movido à combustão por meio de gasolina ou álcool, era bem mais lento, só conseguia atingir velocidade máxima de 40 Km/h, mas certamente era algo que poderia obter resultados mais positivos se houvesse o empenho em aumentar sua capacidade.
A própria concepção de um veículo movido à água pode permitir resultados não apenas mais eficientes contra o aquecimento global, como também poderia fornecer melhor qualidade de vida, uma vez que o ar seria mais limpo. Não haveria problemas com a falta de abastecimento, pois já existe até uma máquina que produz água à partir da umidade relativa do ar.
Em se tratando de um elemento renovável, se trata também de uma fonte inesgotável de energia, só seria necessário produzir mecanismos para que a produção de água, ou a desalinização da água do mar, viesse a ser mais direta, conferindo dinamismo na produção e abastecimento, evitando o uso desnecessário de água doce.
Mas estamos falando de uma coisa que afeta diretamente o capital de nações que se enriquecem com o sistema existente, seja pela indústria já em atividade que produz e sobrevive dos combustíveis fósseis, seja pela própria extração dos mesmos combustíveis que movimenta o orçamento de países exportadores, onde se incluem a Arábia Saudita, Kuwait, Iraque, Rússia, Inglaterra, Venezuela, entre outros. A Rússia é detentora de uma parte significativa do petróleo mundial, tendo conseguido obter recursos e sair da crise econômica em que se encontrava nos anos 90, por aumentar a exportação de petróleo, sem solicitar autorização da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), organização que monitora a extração e faz com que cada país exportador tenha uma limitação na sua extração, de modo à conferir não apenas o controle do valor de mercado, como também monitorar o estoque de cada um, evitando que estes mesmos países exportadores percam suas reservas e caiam no empobrecimento direto pela perda dos seus recursos.Os mesmos recursos petrolíferos não ofereceram apenas a capacidade de manutenção do petróleo. Ao manter a capacidade e fluxo da moeda em cada um, se consegue exercer a manutenção de outros canais de investimentos como as empresas bélicas.
Países como os EUA, Rússia, França, Inglaterra e Itália, ganharam muito com a venda de armas para Irã e Iraque, que retiravam seu dinheiro do petróleo e gastavam em armamentos para o enriquecimento dos países que patrocinavam a Guerra.Um carro movido à água desmontaria toda esta estrutura e faria com que estes países perdessem todos os recursos advindos direta ou indiretamente do que o petróleo consegue promover ao redor do mundo.

Encontrei este texto neste endereço da Internet: http://pt.shvoong.com/exact-sciences/physics/1645921-carro-movido-%C3%A0-%C3%A1gua-1972/ fiquei muito interessado no assunto e decidi pesquisar um pouco mais, então encontrei esta curiosa carta mandada ao Jornal Hora do Povo, que também faz menção ao carro elétrico brasileiro:

Projeto nacional
Envio neste e-mail um assunto que não foi tratado, sobre um projeto revolucionário de um pernambucano que no final da década de 60 desenvolveu um método para economizar dinheiro com combustível – o motor movido à água. O processo baseado na eletrólise separa os átomos da água. Com uma pequena adaptação no motor do carro, canalizando para o carburador o hidrogênio ao invés da gasolina e mandando para o cano de descarga o oxigênio desnecessário, esse carro purificava o meio ambiente. TVs, jornais e revistas, naquela época, deram grande destaque nas coberturas desse assunto. O próprio Castelo Branco participou de uma demonstração de um carro movido à água (um Corcel vermelho) de propriedade de um professor da Universidade do Pará (após dar um passeio de 70 km no referido veículo em Belém, ao lado do professor, Castelo desceu do carro, elogiou o invento e voltou para Brasília). A Revista Manchete publicou reportagem sobre esse assunto, com a foto na capa de Castelo junto ao professor. Quem é daquele tempo deve se lembrar disso. Para que funcionasse, o tanque do carro tinha que ser abastecido com qualquer tipo de água – da chuva, da bica, de rio, de lagoa, de água suja do esgoto, do mar, destilada, filtrada, mineral com gás ou sem gás etc. A que melhor rendimento apresentava era a água do mar (e talvez a explicação seja simples – ela é altamente hidrogenada). Porém, como a água do mar contém sal, era necessário trocar-se o tanque de combustível (na época de metal ferroso) por cobre ou plástico, devido à oxidação. Tendo em vista que sempre o conceituado jornal publica projetos do biodiesel, avião movido à álcool, usinas eólicas e solares no Nordeste e no Sul, ônibus movido a hidrogênio, projetos nucleares, gás natural, creio que esta notícia será um complemento. Certo de que o Hora do Povo compromete-se com o desenvolvimento do país, além deste projeto nacional, deveria publicar sobre o aerotrem, projeto nacional desenvolvido no Sul do país e em pleno funcionamento na Ásia, projeto do trem magnético São Paulo-Rio de Janeiro, carro movido a ar comprimido (projeto espanhol), e o motor gravitacional (tese brasileira).
Souza Machado - correio eletrônico

Realmente esta parece ser uma das maiores intervenções do complexo-industrial-militar sobre o rumo da história. Hoje em dia estamos todos desesperados para obter uma alternativa para os combustíveis fósseis, sendo que esta alternativa já era viável na década de 70! Imagine quantas toneladas de dióxido de carbono a menos teriam sido emitidas, o quão menos poluído o nosso planeta seria, e tudo isso deixou de ser realidade pela ambição de uns poucos homens no poder.

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